segunda-feira, 15 de junho de 2009

Cirurgia Plástica na Adolescência


Cresce número de adolescentes que fazem plásticas; médicos dão alerta

Seios "turbinados", nariz de boneca, barriguinha reta. Objeto de desejo de muitas adolescentes, as operações plásticas nessa faixa etária dispararam em 15 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Em 1994, 5% das intervenções foram em menores de 18 anos. Em 2008, o índice subiu para 15% do total. Mas médicos alertam: o sonho pode virar pesadelo.


Para o presidente regional da SBCP, Sérgio Levy, intervenções em meninas só devem ser feitas em casos de "perda de auto-estima e isolamento social". "Há quem não saia de casa e sofra discriminação. Há também gente que procura por pura estética. Plástica não é aventura e pode deixar resultados eternos", fala. Ele explica que, no caso do silicone, é preciso observar se os seios estão totalmente desenvolvidos. Já a lipoaspiração, diz, só deve ser feita quando a gordura localizada não sai com exercícios nem dieta.

Com 30% dos clientes com menos de 20 anos, o cirurgião Tomaz Nassif conta que recebe pacientes até de 13 anos. "A recuperação do jovem é mais rápida e o metabolismo, melhor. Mas peço para esperarem o desenvolvimento total. Tem gente que quer mudar oito coisas só no rosto e nunca está satisfeita", declara.

A psicóloga Valésia Vilela lembra que as adolescentes são as mais influenciadas pelo atual padrão de beleza. "Mas muitas meninas ficam frustradas e deprimidas com o resultado das plásticas. O ideal é esperar a maturidade da mente e do corpo", afirma.