domingo, 22 de novembro de 2009

Bota-fora das estrias

Convidamos feras na área estética e chegamos a um ranking do que há de melhor



As estrias só não são páreo para a celulite, inimiga pública número 1 das mulheres de todo o mundo, mas também fazem um estrago e tanto no corpo e no amor-próprio de qualquer mortal. Segundo estimativa feita pelo dermatologista Otávio Macedo, de São Paulo, 60% das brasileiras sofrem com o problema. Não é para menos: as estrias podem estar presentes em qualquer parte do corpo, mas atacam preferencialmente as principais armas de sedução femininas: bumbum, seios e barriga. Tem mais: elas não dependem exclusivamente do aumento excessivo de peso ou do efeito sanfona recorrente. Resultantes da ruptura das fibras de colágeno e elastina da pele, os sulcos também podem aparecer a partir do crescimento muito rápido na adolescência, na gravidez ou com o uso de corticóides.



Assim que surgem, são estrias vermelhas niveladas ao restante da pele, parecendo arranhões. Pouca gente sabe, mas essa tonalidade escura tem razão de ser. Assim que as fibras se rompem ocorre um processo inflamatório. Para que a inflamação cesse, o organismo manda mais sangue para a área. Ele permanece lá por meses, até que a “ferida” se transforme em uma cicatriz esbranquiçada e funda. “Por isso, quanto antes a estria for tratada, maiores as chances de sumir”, diz a dermatologista Ligia Kogos, de São Paulo. Nas linhas avermelhadas, por exemplo, um único tratamento pode resolver. Porém, nas brancas e fundas, os médicos precisam associar dois, três ou até quatro técnicas para diminuir a profundidade e espessura das marcas.

Para ajudar você a escolher tratamentos de ponta diante das dezenas de opções oferecidas, fizemos um ranking com 12 dermatologistas conceituadíssimos: Ligia Kogos, Patrícia Rittes, Otávio Macedo, Shirley Borelli, Carolina Ferolla, Denise Steiner, Ana Lúcia Recio, João Carlos Pereira, Adriana Vilarinho, Mônica Maluf, Luciana Lourenço e Jozian Quental. Cada um deles elegeu as opções mais eficientes para combater estrias vermelhas e brancas. Conheça, a seguir, as mais votadas.


O fim das estrias vermelhas


Peeling de ácido retinóico
Como é feito: um creme de ácido retinóico (com concentração de 5% a 8%) é aplicado sobre a área afetada, em consultório. Depois de duas horas, o médico retira o produto com água ou soro fisiológico.


Modo de ação: a substância estimula uma maior produção de colágeno, que interrompe o processo inflamatório e preenche a depressão caso ela já esteja se formando. Também remove as camadas superficiais da pele, fazendo com que as estrias pareçam menos profundas.


Anestesia: não é necessária. A aplicação é indolor.


Reações: por quatro dias a pele fica ressecada e pode descamar.


Contra-indicações: mulheres com pele muito sensível ou que pretendem tomar sol em seguida.


Primeiros resultados: após a quarta sessão.


Número de sessões: de seis a dez, feitas quinzenalmente.


Preço médio por sessão: de 100 a 250 reais.



Quantum Como é feito: o aparelho de laser emite um feixe de luz sobre a estria.
Modo de ação: ao atingir a estria, há um maior estímulo à produção de colágeno, o que interrompe a inflamação e restitui a pele danificada.


Anestesia: apenas pomada anestésica para evitar o ardor.


Reações: a pele fica vermelha por cerca de 24 horas. Eventualmente podem surgir crostas, que caem em até uma semana.


Contra-indicações: quem pretende se expor ao sol.


Primeiros resultados: a partir da terceira ou da quarta sessão.


Número de sessões: seis com intervalos de 15 a 30 dias.


Preço médio por sessão: de 350 a 1000 reais (depende da extensão da área tratada).



Estrias brancas suavizadas


Microdermoabrasão com cristais
Como é feito: um aparelho que emite partículas de sílica e de óxido de alumínio desliza sobre toda a região que apresenta estrias, fazendo um tipo de jateamento.


Modo de ação: funciona de forma semelhante aos peelings, porém, atinge camadas mais profundas da pele. Dessa forma, diminui a profundidade das estrias. O procedimento também estimula a produção de colágeno, que preenche as depressões que sobraram.


Anestesia: local ou em forma de pomada.


Reações: por um mês, a pele fica vermelha como se tivesse sofrido um arranhão.


Contra-indicações: há risco de manchar a pele morena ou a de mulatas e orientais. Quem tem tendência à formação de quelóides também deve passar longe da microdermoabrasão.

Primeiros resultados: após a segunda sessão.

Número de sessões: de três a seis, sendo uma por semana ou a cada 15 dias.

Preço médio por sessão: de 350 a 900 reais (depende da extensão da área tratada).

Vitamina C Como é feito: com uma seringa, o médico aplica a substância ao longo de toda a estria.

Modo de ação: a vitamina C e a picada na pele ajudam a formar novas fibras, aproximando as bordas das estrias e deixando a depressão menos aparente.

Anestesia: em forma de pomada.

Reações: a pele fica vermelha e inchada no local da aplicação. Esses sintomas desaparecem em cerca de uma semana.

Contra-indicações: mulheres alérgicas à vitamina C.

Primeiros resultados: após a quarta sessão.

Número de sessões: dez, em média, sendo uma a cada 15 dias.

novidade à vista


De tudo o que vem por aí, este método é o que promete os melhores resultados
Um novíssimo tratamento chegou recentemente ao Brasil e promete combater estrias vermelhas e brancas. É o aparelho StarLux, fabricado pela empresa americana Palomar. Ele tem dois mecanismos de ação: o laser Nd:YAG 1064 (pulso longo) e a luz intensa pulsada. O laser funciona bem para estrias avermelhadas. “Ele diminui o intenso fluxo sanguíneo dentro da estria e estimula a formação de novas fibras de colágeno, promovendo a regeneração da pele”, diz o dermatologista João Carlos Pereira, de São José do Rio Preto (SP).



O tratamento dura de quatro ou cinco sessões, sendo uma por mês. Cada aplicação custa de 700 a 1200 reais, de acordo com a extensão da área tratada. A luz intensa pulsada proporciona bons resultados em estrias antigas e esbranquiçadas. Ela é semelhante às outras existentes no mercado, porém, apresenta algumas vantagens. Primeiro: libera o dobro de energia, o que torna o tratamento mais eficaz. Segundo: a ponteira tem duas vezes o tamanho das tradicionais. Sendo assim, cada disparo abrange uma área maior e a sessão é feita em metade do tempo. Você deve estar se perguntando como a luz intensa pulsada age... De duas formas. Ao atingir a estria, estimula a produção de colágeno, promovendo uma retração da largura de cada cicatriz. E, ao incidir sobre a pele ao redor, destrói os depósitos de melanina que surgem com a exposição solar. Isso gera um clareamento da área e faz com que a linha branca se torne menos evidente. Para bons resultados, recomenda-se fazer de três a seis sessões, sendo uma por mês. Cada aplicação custa de 700 a 1200 reais de acordo com a extensão da área tratada.