domingo, 29 de novembro de 2009

Se liga! Mononucleose infecciosa - “a doença do beijo”

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Olhos fechados, respiração ofegante, lábios nos lábios... Hum! Beijar é bom, né? Principalmente se for com aquele gatinho que você paquera há meses. Mas é preciso lembrar que a boca, por mais “apetitosa” que pareça, esconde uma fonte de bactérias nem um pouco agradáveis. Beijoqueiras, tomem cuidado! Sem querer, vocês podem pegar uma doença muito comum: a mononucleose.


A mononucleose infecciosa, também conhecida como “a doença do beijo”, é uma enfermidade causada por um vírus chamado Epstein Barr, normalmente contraído pelo contato com a saliva de pessoas contaminadas e, menos frequentemente, por transfusão sanguínea ou via transplacentária, isto é, da gestante para seu bebê.


A doença é benigna, não leva à morte, mas pode provocar muito mal estar e transtornos no dia a dia. O vírus é silencioso e age em longo prazo. Depois de penetrar pela mucosa da boca e pela faringe, só depois de quatro, cinco ou seis semanas, ele começa a agir no corpo e faz com que apareçam os primeiros sinais da infecção.


Sintomas

Os principais sintomas da mononucleose são: febre; comprometimento da garganta e da faringe, com formação de placas brancas e placas esbranquiçadas nas amídalas; aumento do volume dos gânglios no pescoço e, em alguns casos, inchaço das pálpebras superiores, o que deixa o paciente com uma aparência quase oriental.


Normalmente, a febre fica por volta de 38 e 39 graus, mas às vezes a temperatura pode chegar aos 40 graus, havendo o perigo de ocorrer convulsão. Além disso, em alguns portadores, o vírus também pode influenciar no aparecimento de hepatites e, segundo alguns estudos, ter um papel no desenvolvimento de cânceres.


É importante, ainda, ficar atenta a outras complicações que podem aparecer. Se ocorrer a obstrução das vias aéreas, que gera falta de ar, é recomendada a internação imediata. Se houver o aumento do baço, pode ocorrer uma ruptura espontânea – portanto, o repouso é indicado enquanto a situação não voltar ao normal, para evitar uma possível hemorragia.


Tratamento

O pior aspecto da doença é o fato de não existir vacina ou nenhum medicamento específico que possa ser usado no combate ao vírus. O tratamento é sintomático, ou seja, só dá para aliviar os sinais e sintomas como febre e dor de garganta. O repouso ainda é a melhor solução, então... aproveite a cama!


Não há nenhuma forma de se evitar o contato com o tal vírus, já que ele é expelido pela saliva do doente por períodos que podem chegar a um ano, um ano e meio ou até mais. Portanto, se você está com os sintomas ou já teve a doença, é bom pensar em fazer um jejum de beijos durante algum tempo.


Segundo o infectologista Edimilson Migowski, não é à toa que a mononucleose é considerada a “doença do beijo”, pois a transmissão da doença se dá por meio da troca de gotículas de saliva – coisa mais do que comum para quem beija, né?


“Além disso, a mononucleose tem pico de incidência entre 15 e 25 anos, ou seja, acomete muitos adolescentes e jovens, que estão naturalmente em fases de relacionamento amoroso intenso e muita troca de parceiros. O beijo está diretamente relacionado à transmissão do vírus, embora não seja o único tipo de transmissão”, explica ele.

Fonte: Feminice