domingo, 21 de março de 2010

Protegida e... com o cabelo e a pele mais bonitos?

Além de evitar a gravidez, a pílula anticoncepcional, que faz 50 anos, tem vários efeitos no seu corpo – uns bons, uns nem tanto..
Pílula anticoncepcional
“Com a pílula, as mulheres passaram a ser donas do seu corpo", diz a especialista
Há 50 anos chegava às farmácias um comprimido que ia mudar para sempre a vida das mulheres e adolescentes. Foi em 1960 que a pílula anticoncepcional passou a ser vendida nos Estados Unidos (no Brasil, ela chegaria dois anos mais tarde). Ela permitiu a revolução sexual feminina e abriu caminho para a conquista de um novo papel das mulheres na sociedade. “Com um método contraceptivo que elas mesmas podiam controlar, as mulheres passaram a ser donas do seu corpo e planejar sua vida, [decidir] se realmente queriam ter filhos e quando”, explica a ginecologista Ilza Maria Urbano Monteiro, do Departamento de Tocoginecologia da Unicamp.

Hoje, cinco décadas depois, existem pílulas mais modernas no mercado. Commenos hormônios, seus efeitos colaterais foram desaparecendo – e os novos comprimidos ganharam até alguns benefícios extras, como alívio dos sintomas da TPM e até prevenção das acnes. Se a pílula já era considerada o método mais fácil e com quase 100% de segurança para prevenir a gravidez (desde que você não se esqueça de tomá-la nem um dia sequer, claro), agora ela ainda ajuda a melhorar alguns problemas de saúde e pode deixar até seu cabelo e sua pele mais bonita. Mas nem todos os seus efeitos colaterais são “do bem”, claro. Veja alguns abaixo e lembre-se de sempre consultar um especialista (no caso, uma ginecologista) antes de tomar qualquer medicamento.

Rosto e cabelo mais bonitos
Algumas pílulas contêm um tipo de progesterona (hormônio feminino) que tem ação anti-androgênica, ou seja, inibem o androgênio (hormônio masculino), que é responsável pela maior produção de óleo nas glândulas sebáceas. Isso diminui a oleosidade da pele, evitando a proliferação de cravos e espinhas, e do cabelo, deixando-o mais sedoso e bonito.

Menos cólica
Aquela cólica que estraga o seu humor e pode fazer você se contorcer de dor pode ser controlada também com as pílulas. Isso porque elas diminuem a produção de prostaglandinas, substâncias que causam a contração dentro do útero e levam à dor. “Algumas pílulas ainda ajudam na vasodilatação, diminuindo o fluxo sanguíneo e o desconforto das cólicas”, afirma Ilza.

Fora, pelos!
A mesma coisa acontece com a produção de pelos: o hormônio masculino no seu corpo pode aumentar o crescimento de alguns fios onde normalmente você não teria, como o rosto, o braço e as costas. A progesterona controla esse efeito, impedindo que esses pelos mais grossos e indesejáveis apareçam.

Mas eu posso engordar?
Algumas meninas costumam reclamar que a pílula as deixa mais inchadas. Na maioria das vezes, esse inchaço só acontece em mulheres mais sensíveis aos hormônios, que são minoria. “Já há pílulas com leve ação diurética, que faz a mulher ir mais vezes ao banheiro e não reter líquido nenhum. No final, elas podem até diminuir o peso na balança”, explica o ginecologista Afonso Nazário, chefe do Departamento de Ginecologia da Unifesp.

TPM controlada
Se você é daquelas que ficam bastante irritadas ou sensíveis antes de menstruar, saiba que a pílula pode melhorar os sintomas emocionais característicos da TPM, como nervosismo, ansiedade, alterações de humor e irritabilidade. Como ela controla o fluxo de hormônios do seu corpo, tende a fazer com que você fique mais equilibrada, sem acessos de raiva ou de tristeza decorrentes da descarga hormonal.

Efeitos colaterais indesejáveisNem só de benefícios vivem as pílulas, claro. Como em todo medicamento, há sempre os efeitos colaterais. Os mais graves podem estar relacionados a infartos, derrames e tromboses, apesar de bem pouco freqüentes. “Entre os principais estão o enjôo e as dores de cabeça”, diz Nazário. Algumas meninas também reclamam de dor nos seios, sangramento irregular e alterações de humor. Mas esses efeitos indesejáveis tendem a passar após três meses de uso.

Composição
Do que são feitas as pílulas?
O tipo mais usado de pílula anticoncepcional é composto por um estrógeno sintético e um progestagênico (derivado da progesterona, que é o hormônio masculino). Nas pílulas vendidas e aprovadas no Brasil, o estrogênio é sempre o etinilestradinol, o que muda é o tipo de progestagênico usado em cada uma delas e a dosagem de cada substância. Há, ainda, as pílulas sem o estrógeno, feitas só com os derivados de progesterona. Mas essas (conhecidas como minipílulas) são indicadas em casos específicos, como em mulheres que estão amamentando – já que o estrógeno pode alterar na produção de leite.
 Fonte: Igirl

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