sexta-feira, 2 de abril de 2010

8% das cirurgias plásticas realizadas no Brasil são feitas em adolescentes

Muitas jovens pedem próteses de silicone como presente de aniversário

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - SBCP, dos 629 mil procedimentos cirúrgicos estéticos realizados no Brasil entre setembro de 2007 e agosto de 2008, 8% foram feitos em adolescentes. Por falta de dados anteriores, não se sabe com era o panorama passado. Segundo a doutora Ana Helena Teixeira Patrus e o doutor Leonard Bannet, cirurgiões responsáveis da Clínica Santé, as cirurgias estão acontecendo cada vez mais cedo.
A maioria das garotas quer aumentar os seios ou fazer uma lipoaspiração. Já os garotos queixam-se das orelhas de "abano", pois acreditam que podem ser motivos de chacotas na escola. "Antes de fazer qualquer procedimento é preciso ter o bom senso de perguntar o porquê da cirurgia", explica Patrus.

Como não existe uma idade mínina para que o adolescente passe por uma cirurgia estética deve-se tomar cuidado com as mudanças corporais e hormonais desta fase. Com a força da gravidade, as próteses de silicone, por exemplo, faz com que o tecido mamário se rompa formando estrias que futuramente podem levar a flacidez.

Diante de tanta ansiedade e insistência das meninas, os pais acabam concordando com a cirurgia e, muitas vezes, dão como presente de aniversário de 15 anos ou formatura. Já os meninos pensam, planejam, decidem e, às vezes, desistem.

Toda a cirurgia estética tem riscos, por outro lado, traz vantagens: a pessoa se sente mais bonita, confortável e até mais confiante. "O cirurgião plástico precisa adequar o desejo do paciente às características morfológicas e estruturais, com uma pitada de ousadia", diz a cirurgiã.
De acordo com os médicos da Clínica Santé, os padrões estéticos no Brasil estão muito próximos do padrão americano. Há 20 anos as próteses de silicone eram de 150ml a 180ml, hoje isso é considerado muito pequeno. Atualmente usa-se prótese de 260ml, 300ml e 350ml, e as pacientes adoram.

Por isso, é preciso avaliar bem a estrutura corporal da adolescente, pois além de riscos à saúde, a cirurgia também traz cicatriz. É fundamental saber se a intervenção trará benefícios a longo prazo.

Fonte: Corpo a Corpo

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